Paris: passagem obrigatória!

Por Natália Dornelas

Paris é uma daquelas cidades unânimes e que seduz a todos que a visitam. Poderia fazer um blog apenas para falar dela e de todos os seus encantos. Logicamente, como toda cidade grande e cosmopolita, tem locais tipicamente de turistas e espaços freqüentados por parisienses, os quais, em uma primeira impressão, parecem que não existem, tendo em vista a grande quantidade de turistas por todas as partes. Paris para turista ver, sem dúvidas, é deslumbrante, mas “cheia” demais. Se você quiser paz e tranqüilidade, certamente não é a cidade mais indicada, pois, em qualquer época do ano, terá de enfrentar filas quilométricas para apreciar as atrações principais.

Arc de Triomphe Etoile

Champs Elysees

São muitos os pontos turísticos a serem visitados nesta cidade maravilhosa. Vale a pena comprar o ticket diário do metrô (custa uns 6 euros), pois quase tudo se pode fazer através deste meio de transporte. É importantíssimo ficar em um hotel perto de uma entrada de metrô. Descer na estação de metrô George V, avistar o imponente Arc de Triomphe Etoile e fazer uma caminhada pela famosa Avenue des Champs Elysees fascina até mesmo os mais céticos. Para aqueles que gostam de grifes, é um local indicado para fazer compras. Mas realmente é preciso ser um turista endinheirado, o que infelizmente ainda não é o meu caso.

Louvre

Louvre - Pirâmide invertida

Continuando esta agradável caminhada pela avenida, chega-se ao final, à Place de La Concorde (com seu famoso obelisco) e ao agradável Jardin des Tuliries, no qual se encontra o imponente Musee Du Louvre. Para quem aprecia museu, esse é bastante rico e passagem obrigatória. Aliás, acaba sendo passagem obrigatória até mesmo para aqueles que odeiam museu. É engraçado ver a quantidade de pessoas que se dirige unicamente para a sala onde se encontra a Monalisa, tira uma foto na pirâmide invertida (a qual aumentou a sua fama com o livro e o filme Código da Vinci, lógico que eu tirei foto!) e vai embora. Cada qual com suas peculiaridades, não é mesmo? Nada de críticas! Mas realmente o Louvre é maravilhoso e rico em distintas manifestações de arte.

Notre Dame

Rio Sena

Ao sair do Louvre e atravessar o Rio Sena (no qual a moda agora é que os namorados, amantes, noivos ou o que quer que seja deixem cadeados pendurados nas grades das pontes que atravessam o rio, com o objetivo de tornar o amor eterno), chega-se à “ilha” na qual se encontra a Igreja de Notre Dame e a Saint Chapelle. Ponto também que vale a pena conhecer. Para quem gosta de cultura, tem que ir ao Centre Culterel Pompidou (foto abaixo), onde sempre há exposições e manifestações artísticas.

Tem milhares de outras atrações que devem ser vistas. A igreja de Madeleine (foto à direita), perto da qual há uma famosa loja de grife de comida chamada Fauchon (é linda a loja e com vários tipos de bebidas e comidas), é bem interessante. Também vale a pena admirar a Ópera e a Galeries Lafayette (foto abaixo). Mas tem que ir à Galeries Lafayette que fica perto da Ópera, pois é a mais tradicional e tem uma arquitetura interna muito bonita. É um lugar tradicional também para quem gosta de fazer compras.

O Grand Palais, o Petit Palais, o Hotel des Invalides (onde se encontra o corpo de Napoleão), o Musee D’Orsay, o Institut do monde árabe, a Place de La Bastille (só tem importância histórica mesmo) também são legais, mas se você estiver com pouco tempo, podem ser dispensados. E não se pode esquecer da Tour Eiffel (foto à direita), que encanta por sua arquitetura arrojada. Qualquer lugar de Paris você avista esse monumento. Eu, particularmente, não achei nada demais subir na Torre. Eu fui duas vezes: uma de escada (não indico para ninguém, coisa de mochileira inconseqüente) e uma de elevador. Nunca vi tanta gente espremida por metro quadrado, um verdadeiro inferno. Se você não é daqueles que necessita tirar uma foto em todas as principais atrações, uma foto da vista debaixo da Torre é mais do que suficiente e garanto que menos apertada.

Dentre os vários bairros de Paris, dois me fascinaram em particular: o Quartier Latin e o Montmatre. O Quartier Latin é, digamos assim, alternativo. É lá que se encontra a Sorbonne, o Jardin Du Luxembourg, o Pantheon. Lá tem uma rua maravilhosa (não lembro o nome), onde se vende vários tipos de comida. Tem umas creperias ótimas, nas quais você consegue os famosos crepes parisienses por menos de cinco euros. São crepes super recheados e muito mais gostosos que os crepes pequenos e caros que se vende na frente dos pontos turísticos. É aquele típico lugar que só os franceses conhecem.

Moulin Rouge

Cafe des 2 moulins

Por fim, vou falar do meu bairro predileto, que é Montmatre. Se vou à Paris, tenho que visitá-lo, mesmo que só passe uma tarde na cidade. É lindo e bastante charmoso. A parte de baixo do bairro tem os famosos bordéis, dos quais se destaca o Moulin Rouge, que ficou conhecido através do musical interpretado por Nicole Kidman. Na primeira rua à esquerda, após o Moulin Rouge, se encontra o café onde foi filmado Amelie Poulain, Café des 2 Moulins. Para quem gosta desse filme (é um dos meus prediletos!) e quer tomar um “café com cultura”, vale a pena visitar.

Place du Tertre

Sacré Coeur

Subindo as ladeiras do bairro, você pode chegar à famosa Place Du Tertre, na qual há vários artistas pintando ao lar livre. É a coisa mais linda do mundo, um banho de cultura. Tem também a linda igreja Sacré Coeur, que é um verdadeiro cartão postal e tem que ser vista. Pode-se subir para ela de Funicular, usando o mesmo ticket diário do metrô.

Falei muito, não é? Mas nem um centésimo daquilo que Paris pode oferecer. É uma cidade que respira cultura, mas que exige um pouco de paciência com as filas e com a “delicadeza” peculiar dos franceses. Eu já fui três vezes, mas é um daqueles lugares que escolheria para passar um mês com o objetivo de aprender um pouco dessa língua linda que é o francês e para conhecer mais de Paris “para francês ver”.