quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Paraíso tropical

Por: Natália Dornelas
 

Paraty
Se me fizessem uma pergunta sobre o lugar mais lindo do Brasil, indubitavelmente, responderia Angra dos Reis e seus arredores. Situada a duas horas do Rio de Janeiro (capital), esta praia fascina por sua beleza natural, digamos assim, perfeita e encantadora. Se Deus existe, ele criou a dedo este local e fez o melhor que pôde. Se você for ao Rio de Janeiro, sugiro dar uma conferida nesta praia. É bom estar de carro, pois, como se sabe, aqui no Brasil é um pouco complicado se locomover de ônibus. 
Paraty
Muito perto de Angra dos Reis, há uma cidadezinha linda, chamada Paraty (onde ocorre a famosa FLIP – Festa internacional literária de Paraty, que já está em sua oitava edição). É de estilo antigo e passear por suas ruelas é revolver a história do Brasil. Acho, inclusive, mais interessante ficar hospedado em Paraty do que em Angra dos Reis. A cidade de Angra, em si, não é muito bonita (é velha e um tanto mal cuidada), enquanto Paraty é linda e possui um ambiente super agradável e restaurantes muito bons.
Entretanto,o que encanta mesmo são as praias e as ilhas que você pode conhecer. Por isso, pode ir se preparando para ter um certo custo com os passeios de barco que terá que fazer. Vale à pena alugar uma lancha ou algo do tipo para conhecer as águas ao redor de Angra. Certamente, te levarão a locais de uma beleza extrema e que não sairão de sua memória. Sem contar, nos deliciosos banhos de mar que poderá desfrutar. A água é límpida, apesar de algumas vezes estar um tanto gelada (mas vale à pena o esforço, pode acreditar!). 

Barco "fantasiado"
de tropa de elite

"Saveiro animação"
Minha família possui casa lá, portanto, já tive o privilégio de ir algumas vezes ao local. Passar o reveillon em Angra é muito bom. Eu nunca fui, mas dizem que são feitas festas homéricas em ilhas ao redor da cidade. Para aqueles que veneram a farra, é um ótimo pedido. Inclusive, no dia 1º de janeiro, ocorre uma das festas mais incríveis que já vi ao longo dos meus 25 anos de existência, chamada “procissão”. Nem se preocupem que não é nada religioso, pelo contrário. É simplesmente um carnaval fora de época dentro do mar. Os barcos “se fantasiam” e concorrem a diferentes prêmios. Um desses prêmios é para a categoria “saveiro mais animado”. Os membros desses saveiros vestem camisas iguais, como se fossem um bloco, regados por muita música e animação. E tudo isso no dia 1º de janeiro, incrível! Depois de ver isso, tive a certeza de que brasileiro é, de fato, o povo mais feliz do mundo.
Não tem como não se apaixonar por esse lugar, você não acha? Para mim, foi amor à primeira vista! 

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Para viajar

Por Eliza Brito
Fotos: Google

Quem me conhece sabe como sou ansiosa. E só eu sei como isso me atrapalha!
Sabe aquela história de dizer um defeito que pode se transformar em qualidade na hora de uma entrevista de emprego? Aprendi, por conta disso, a afirmar que meu maior defeito é ser ansiosa, porque sou daquelas que enquanto não atinjo a meta não sossego e que gosto de ver os resultados. Na verdade, sou ansiosa porque sou. Por qualquer motivo, porque é da minha natureza. E sou tão ansiosa que estrago grandes prazeres, como ler um bom livro com a paz e a tranqüilidade que ele merece. Mas, como acredito que tudo na vida pode ser melhorado, estou me esforçando para mudar essa realidade. E a obra Autores de guias de viagem vão para o inferno?, do escritor de guias de viagem Thomas Kohnstamm, foi a primeira que li dessa maneira. Não sei se estou melhorando ou o livro é muito agradável, ou os dois, mas foi uma leitura calma e prazerosa, como eu estava procurando.

Thomas Kohnstamm é americano e estava insatisfeito com o trabalho, gostava da namorada antiga, mas não pensava em casar, não sabia na verdade do que gostava. Aliás, gostava de viajar, mas isso não ia mudar em nada a vida dele. Cursou o mestrado em Estudos Latino-Americanos e, por isso, fala português e espanhol. Mas isso também não parecia ter sentindo algum no rumo do destino. Até que foi convidado pela Lonely Planet para escrever um guia de viagem sobre o Nordeste do Brasil. E ai a história começa. Entre casos amorosos com estrangeiras e brasileiras, digamos, complicadas; drogas; bebida; tentativas frustradas de escrever e de conhecer os melhores hotéis e restaurantes de cada lugar por onde passou; maus bocados vividos com a polícia, Thomas me levou a rever os destinos da minha terra pelo olhar de um americano, preocupado em saber o que escrever daquela vivência imediata. Como jornalista, sei bem a diferença de apenas viver e de saber que preciso escrever sobre aquilo tudo.


Thomas
Passando pelo Ceará (Fortaleza, Canoa Quebrada, Jericoacara, Atins), Rio Grande do Norte (Natal, balneário de Pipa) e Pernambuco (Recife e Olinda), Thomas descobre as dificuldades de uma das profissões mais desejadas do mundo. Só para resumir, autores de guias de viagem recebem pouco, o tempo é curto, as informações exigidas são enormes, a rotina é exaustiva. E com isso ele redescobre muito de si, tudo acompanhado a descrições recheadas de aventuras e belezas. Para quem gosta de relatos e viagens, o livro é uma boa pedida. Depois dele eu já estou marcando minha passagem para o Ceará e as minhas impressões de lá, eu conto depois por aqui!   

domingo, 26 de setembro de 2010

Balneário de todos

Por Eliza Brito
Fotos: Lucas Lima e Eliza Brito

Praia de Pipa


Como prometido, vamos à Pipa! Da sossegada vila de pescadores, descoberta pelos surfistas na década de 1970, o balneário de Pipa - no município de Tibau do Sul, e a apenas 87 quilômetros de Natal - é um verdadeiro paraíso! Cosmopolita, possui boa infra-estrutura hoteleira e gastronômica. Mas tudo se concentra praticamente na Avenida Baía dos Golfinhos, conhecida pelos visitantes como a rua principal.


Praia do Madeiro
De longe a mais visitada pelos turistas, a praia de Pipa agrada de surfistas a banhistas, com muitas barraquinhas à beira-mar e ruas movimentadas pelo comércio e restaurantes, principalmente a já citada Avenida Baía dos Golfinhos. A poucos metros, a Praia do Amor encanta pela beleza das falésias e rochas, mas não é tão convidativa quanto a de Pipa para o banho, pelo menos para quem gosta de águas tranqüilas.


Tibau do Sul

A minha predileta é a praia do Madeiro, que fica entre a de Tibau do Sul e a praia de Pipa. Linda, e agradabilíssima, merece uma visita mais prolongada. E é indispensável comer um bom peixe e aproveitar a bela vista da praia de Tibau do Sul. Eu não canso de admirar a beleza do lugar. E estando por lá, nada como provar o crepe da creperia do Hotel Marinas.


Santuário Ecológico

Mas não é só de praia que vive o lugar, para quem gosta de natureza, nada como um passeio pelo santuário ecológico de Pipa. As trilhas são inúmeras e o final de cada uma delas é sempre uma vista estonteante. E se sua “praia” for cultural, vale uma vistinha à book store de Pipa, cheia de agradáveis descobertas literárias.

Book Store


Só não dá para buscar a tranqüilidade de uma praia deserta. O balneário de Pipa é para quem gosta de praia, natureza, comida, balada e gente, muita gente.

sábado, 25 de setembro de 2010

Dicas - como preparar a sua viagem

Por: Natália Dornelas


Para você que adora viajar, aí vão algumas dicas. É sempre bom procurar passagens em um site que faça uma busca em todas as companhias aéreas. Os melhores, para mim, são o www.americanas.com (clica na parte de viagens) e o http://www.skyscanner.com.br/. O skyscanner é ótimo para as viagens internacionais, na busca por “low cost”. Quanto à reserva de hotéis, a melhor opção é o site do hostelworld (http://www.portuguese.hostelworld.com/). É muito simples fazer a reserva por ele. Paga-se apenas 10% das diárias no início e no balcão se paga o restante. Seguro e confiável e tem hotéis e albergues em todas as partes do mundo.
E se for viajar pelo Brasil, não esqueçam de verificar em sites como www.peixeurbano.com.br e www.clickon.com.br as ofertas do local de destino. Sempre que tiver alguma promoção legal e outras dicas, postaremos por aqui, pois nada melhor do que viajar a um precinho mais camarada, não é mesmo?

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Meu albergue espanhol

Por: Natália Dornelas
Sempre que estou triste ou achando a vida demasiada séria, assisto este filme. Acho que já o vi umas dez vezes. Acredito que existem filmes que nos colocam para cima e nos fazem acreditar que a vida, apesar de seus percalços, realmente vale à pena. “Albergue espanhol” (“L' Auberge Espagnole”), dirigida por Cédric Klapisch,  é uma “película” que fala da experiência de viajar para estudar no exterior, no caso, Barcelona. Fala do chamado programa de Erasmus, através do qual se consegue becas para estudo no exterior. Eu, que já fiz o programa, me identifico demais com o filme. As dúvidas, as coisas deixadas para trás, os medos, a vontade de desbravar o mundo em um segundo, a dificuldade com a língua e cultura novas, a euforia em aprender e fazer novas amizades, tudo isso faz parte da experiência. O francês Xavier (Javier), protagonista, deixa o seu país para estudar na Espanha. Deixa a namorada, a família, os amigos, para passar um ano em Barcelona. No caso de nós, brasileiros, é um pouco mais difícil por conta da distância, pois não se pode passar o Natal em casa.
Em Barcelona, Xavier vive em um autêntico albergue espanhol, com uma inglesa, uma espanhola, um alemão, um italiano, uma belga e um dinamarquês. Eles se dão muito bem. O filme é uma verdadeira viagem por diferentes culturas. Sem contar nas imagens da belíssima cidade que é Barcelona. Há várias cenas na Barceloneta, na Sagrada Família, no Parque Guell, nas praças da cidade e nas ruas com a arquitetura de Gaudí. Imperdível para quem gosta de viajar através dos filmes e que, assim, como eu, possui saudade de “seu albergue espanhol”.
O filme tem uma continuação, chamada Bonecas Russas ("Les poupées russes"). É o reencontro dos habitantes do albergue espanhol, em San Petersburgo, mas que dá ênfase ao romance entre Xavier e a inglesa, Wendy. É bonitinho (as cenas em San Petersburgo são lindas, dá muita vontade de conhecer!), mas nem se compara a “Albergue Espanhol”. Eita, que já estou com vontade de vê-lo outra vez e olhe que nem estou triste. Alguém se habilita a ver comigo?


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Além de Pipa

Por Eliza Brito
Fotos: Lucas Lima, Ana Brito e Eliza Brito

Cajueiro de Pirangi
Minha família materna é do Seridó (região que abrange vários municípios do sertão norte-rio-grandense e paraibano), mais especificamente de Serra Negra do Norte (RN). Mas hoje quase todos os meus tios moram em Natal. E eu, por questões óbvias, freqüento bastante a capital potiguar.

Acho Natal uma cidade linda e tranqüila, com uma excelente qualidade de vida e uma realidade ainda muito provinciana. Mas o que mais gosto de lá é que praias de beleza estonteante ficam a poucos minutos da cidade.

Barraca de Dona Raimunda

No litoral sul o destaque nacional fica pra Pipa. O lugar tem direito a um post exclusivo, não tenho dúvida! Mas outras praias também merecem atenção especial.

Búzios
Pirangi fica a apenas 20 quilômetros de Natal. É conhecida pelo maior cajueiro do mundo, que vale mesmo uma visita, mas tem também a melhor tapioca de camarão que já comi (na barraca de Dona Raimunda), sem contar com uma bela vista e um agradável banho de mar.

Barra de Tabatinga
 Alguns poucos quilômetros depois de Pirangi, o visitante chega na praia de Búzios, uma das mais belas do litoral norte-rio-grandense, na minha opinião. O lugar atrai mais surfistas, porque possui fortes ondas e mar aberto. Passei a infância brincando nas dunas e desafiando as águas revoltas dessa praia.

Tapioca de Dona Maria
E não dá para não seguir até Barra de Tabatinga, a apenas 45 quilômetros de Natal. Formada por falésias, a praia possui uma belíssima vista e um famoso mirante de onde se vêem golfinhos durante a maré alta. Minha maior decepção é nunca ter visto um, mas não deixo de tentar. Um dia chega a minha hora, tenho certeza! E o que mais gosto de lá é a tapioca de Dona Maria, que pode ser degustada no quintal da casa dela, e atrai turistas de todos os cantos do mundo, mantendo o ambiente rústico e o precinho camarada.

Ai, depois de tudo, é hora de conhecer Pipa, que fica pra um próximo post!
Serviço
Barraca de Dona Raimunda: Rua do Poço S/N, Pirangi – Rio Grande do Norte. Fone: (84) 9406.0696 ou 8867.7705
Tapioca de Dona Maria: Rua Central de Tabatinga, s/n, Barra de Tabatinga – Nísia Floresta – RN. Fone: (84) 3230.2248. Horário de Funcionamento: segunda a sexta, das 8h às 19h e sábados e domingos, das 6h às 19h. Não aceita cheque nem cartão de crédito.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Atraente cartão postal

Por: Natália Dornelas

Vista do rio Elba
da parte antiga

Vista do rio Elba
da parte nova
Dresden é uma cidade alemã que fascina por sua beleza. Localizada ao leste do país, a duas horas de Berlim, é capital do Estado da Saxônia, e, sem dúvidas, merece ser visitada. É pequena e aconchegante e, para aqueles que possuem um pouco de pressa, é possível conhecer boa parte do local em apenas um dia. É ponto de passagem entre Berlim e Praga e, da primeira vez que fui, parei em Dresden antes de chegar à República Checa e visitei o lugar em uma tarde. Como já disse, viajar de trem pela Alemanha é muito bom e a empresa DIE BAHN sempre tem promoções quando você compra o bilhete com no máximo três dias de antecedência. Vale à pena conferir! Dresden também possui um aeroporto, mas que trabalha mais com vôos domésticos (da Lufthansa principalmente), não é tão simples conseguir passagens baratas.
Grober Garten
Semper Opera House
Este ano tive a oportunidade de conhecer melhor a cidade, pois Débora, minha irmã, estava cursando um período da faculdade lá (pelo famoso Erasmus) e passei alguns dias com ela. Como é possível se locomover na cidade? O sistema de transporte é bem eficiente (com ônibus e trams) e pode-se comprar o bilhete diário (o qual custa cinco euros). Entretanto, como a cidade é pequena (especialmente a parte mais turística), é possível fazer muita coisa andando. Eu aluguei uma bicicleta e foi perfeito! Em vários pontos da cidade, há bicicletas paradas para aluguel. É só você ligar para o número de telefone que terá na “bici” e eles te darão um código para que você a destrave. O pagamento é pelo cartão de crédito. Depois, você pode deixá-la em qualquer lugar, basta ligar para avisar onde a deixou. Simples, barato e saudável!
Semper Opera House
Vista da Hofkirche
Os pontos turísticos de Dresden são muitos. Na verdade, a própria cidade é um verdadeiro cartão postal, cheia de coisas lindas para se ver. É dividida por um rio chamado Elba. Na parte mais antiga, estão as principais atrações. É uma boa opção começar a caminhada pelo início da Prager Straße, uma das ruas principais da cidade. É um logradouro bastante movimentado e que possui muitas lojas. A Alemanha é um país ótimo para fazer compras, especialmente de eletrônicos. Nesta rua, tem logo duas H & M, loja de roupa, estilo C&A e Renner, porém, mais barata e com muitas opções. O melhor é que você não precisará se deparar aqui no Brasil com todo mundo vestindo igual a você. O passeio por esta rua é muito legal. Ao final dela, chega-se à Theaterplatz, praça bastante agradável. Neste local, se encontra a Hofkirche, a qual merece uma visita rápida por sua arquitetura muito bonita (não se paga nada para entrar) e a construção mais famosa de Dresden, que é a Semper Opera House, a ópera da cidade. De fato, é muito linda! Eu tive a oportunidade de assistir um musical lá (Evita) e é muito bonita por dentro. Aqui vai uma dica: sempre que vocês forem a uma ópera perguntem se eles possuem lugares “stand up” para vender. São muito mais baratos e quase todas as óperas vendem. Como dificilmente lota, você não precisará assistir a apresentação em pé, poderá se sentar. É ótimo para quem deseja economizar.
Frauenkirche
Zwinger
Na Theaterplatz, também há uma entrada para o Zwinger, fachada interna da galeria de arte. Eu não visitei a galeria (acho que não vale à pena), mas é agradabilíssimo passear por esta parte interna. Deve-se visitar ainda o Residenzschloss (Palácio Real), o qual possui uma fachada muito bonita, e a Frauenkirche, igreja muito diferente (também não se paga nada para entrar). Ela foi reformada há pouco tempo, pois, como muita coisa em Dresden, havia sido destruída pela 2ª guerra mundial. Perto de todos esse monumentos, encontra-se o maior painel de porcelana no mundo. Diz-se que a porcelana foi descoberta pelo rei Augusto, o forte, o qual ao tentar descobrir a fórmula do ouro, “errou” e descobriu a porcelana.
Estátua de Augusto, "o forte"
 
Maior painel de porcelana
 do mundo

Atravessando o rio Elba, chega-se à parte mais moderna da cidade, conhecida como Neustadter. Aí sempre ocorrem algumas feiras, nas quais você pode comer um delicioso cachorro-quente típico alemão. Da vez que estava lá, ocorreu uma feira de vinhos, muito chique! Nesta parte da cidade, pode-se visitar o Japanishe Palais, passear pela Albert Platz, ver a estátua do rei Augusto, “o forte”, e ir à principal atração do local, que é a Art Passage.
Diferente prédio
na art passage


Art passage
 
A art passage é uma galeria bem alternativa e muito linda, com lugares para comer e lojas bem interessantes. Fica em uma rua chamada Alauenstraße, que também possui muitos bares. É um ótimo lugar para sair à noite, pois é uma animação só. Eu lembro que tomei um sorvete muito gostoso nessa Art Passage, em uma cafeteria muito agradável.

Alauenstraße

Vai um típico cachorro-quente
 alemão?
Dresden possui ainda um parque enorme, que pode ser local para um piquenique. É o Großer Garten. Se você estiver de bicicleta, pode dar uma volta pelo parque, pois, como afirmei, ele é muito grande e tem várias construções antigas para conhecer. Ao redor de Dresden, também há muitas coisas legais para ver. Se você tiver um pouco mais de tempo, pode alugar uma bicicleta e fazer um passeio pelas montanhas que ficam perto da cidade. Sem dúvidas, a tranqüilidade deste atraente cartão postal me cativou e a visitaria outra vez. E você? Vai continuar sem conhecer?

sábado, 18 de setembro de 2010

Inesquecível Cassis

 Participação especial: Eduarda Távora

 “Quem foi a Paris e não foi a Cassis não conheceu a França”. Começo minha viagem com essa declaração dita por um francês que não me recordo o nome, porém, não menos legítima. Até conhecer Cassis achei um pouco escandalosa essa afirmação, porém, escandalosa é a cidade de tão linda, elegante e charmosa! Minha família e eu decidimos conhecer a famosa Riviera Francesa e traçamos um itinerário, um tanto quanto convencional e previsível. Nossa primeira parada foi Marseille, a idéia era eleger cidades dormitório e explorar a região de carro. Em meio a algumas dúvidas como: “por onde começamos?” resolvemos perguntar ao recepcionista do hotel o que valeria mais a pena. Eis que o francês nos responde com uma simples resposta: conheçam Cassis, é um balneário imperdível! Toda aquela certeza foi suficiente para nos convencer de imediato a irmos rumo a Cassis. Ao chegar à cidade, que fica a uma hora de Marseille, já começamos a entender que o ditado popular francês, dito acima, realmente fazia sentido.

Uma cidadezinha, lotada de franceses por todos os lados, com restaurantes super charmosos, casinhas coloridas que conservam um ar mais antigo, mas não menos encantadoras, muitos jarrinhos de flores nas varandas dos apartamentos, ruas estreitas e limpas, mercado de rua e muito sol. Exatamente o que procurávamos: uma experiência de tirar o fôlego. Após nos ambientarmos, decidimos conhecer as praias e finalmente quando conseguimos um estacionamento descemos uma escada de pedra e nos deparamos com uma praia que mais parecia uma lagoa, ou melhor, a lagoa azul. A nossa lagoa azul! Um pedacinho de terra cercado por montanhas, água cristalina, porém muito gelada, mas é um detalhe que nem toma grandes proporções pela magia do lugar que nos faz esquecer de observar qualquer possível defeito.

Depois de aproveitarmos aquela maravilha, decidimos conhecer outras praias e fomos à praia principal. Tão bonita quanto, porém muito mais cheia, mulheres fazendo topless, crianças brincando e uma água azul da cor do céu. Depois de passarmos nossa manhã torrando no Sol, resolvermos conhecer a culinária local e nada melhor do que comer um bom prato de frutos do mar olhando para o mar. Se você estiver disposto a gastar um pouco mais e saborear uma boa comida, vinte euros são necessários para matar sua fome e fazer a festa.

Como nossa viagem estava apenas começando e já tínhamos hotel reservado em outras cidades, não pudemos dormir em Cassis, porém, certamente aproveitamos com muita intensidade todo o tempo que ficamos ali. Vale muito a pena apreciar a cidade. A propósito, se pronuncia “Cassi” e não “CassiS”, como muitos o fazem.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Águas salgadas do Uruguai

Por Eliza Brito
Fotos: Ana Brito e Artur Brito

Atlântida
O rio da Prata é imponente no Uruguai. Meu pai adorou andar no calçadão, banhado pelas águas doces do Prata, em Montevidéu. Mas quem gosta de mar também tem vez no aconchegante país sul-americano. Na nossa viagem, visitamos quatro praias uruguaias: Atlântida, Piriápolis, Punta Ballena e Punta Del Este. Tudo em apenas dois dias.


Piriápolis

Atlântida fica a 45 quilômetros de Montevidéu. Além do mar, tem como atrativo a águia de pedra, uma das sete maravilhas do Uruguai. São muitas as lendas que rodeiam esta enigmática obra, cujo nome original era "La Quimera". Mas não espere nada do outro mundo. Só que estando por lá, vale subir e ver o mar pelos olhos da águia de pedras.


Castelo de Piria

O balneário de Piriápolis (82 quilômetros de Montevidéu) é enorme! Nós visitamos a praia da beira-mar, formada por La Rinconada, Los Ángeles e Portales, três praias que parecem uma só. O lugar é lindo e considerado um dos melhores para banho. Estando no balneário vale uma visita no Castelo de Piria (nome do fundador do lugar) que guarda móveis e objetos da época. Mas o balneário tem outras praias e atrações e, por isso, indico dormir por lá e aproveitar tudo, como o cassino e o passeio de teleférico, que não podemos curtir no curto espaço de tempo que passamos.


Casapueblo

Casapueblo

Punta Ballena fica bem próxima de Punta Del Este, mas é parada obrigatória de qualquer visitante. Foi um dos locais que mais gostei de conhecer no Uruguai, tudo porque é lá onde se localiza a casapueblo, antiga casa de verão do artista uruguaio Carlos Paez Vilaró. Hoje, a construção é uma cidadela-escultura, onde fica o museu, a galeria de arte e o hotel. Para visitar o museu e a galeria se paga uma taxa, mas vale a pena adentrar naquele monumento do que chamam de Gaudi Latino-Americano, mas que me encantou bem mais do que a Sagrada Família, em Barcelona. Acho que sou sul-americana demais.



La Mano

Praia Brava
E para finalizar, não dá para não falar em Punta Del Este (130 quilômetros de Montevidéu). Considerado um dos dez balneários de luxo mais famosos do mundo, o que não falta é turista por aquelas bandas. As casas são lindas e com jardins bem cuidados, o shopping é relativamente grande e as praias são lotadas. Eu preferi Piriápolis, talvez porque já estávamos cansados e só passamos algum tempo na Praia Brava, a mais visitada pelos turistas. Nela está localizada a obra La Mano, do artista chileno Mario Irarrazabal. Mas eu hei de voltar e conhecer a noite e os outros atrativos do lugar. E quando isso acontecer, prometo comentar por aqui!