quinta-feira, 28 de outubro de 2010

No caminho do Vale

Por Eliza Brito
Imagens: Ana Brito e Natália Dornelas

Comemoração da Bastilha

Catedral

O Vale do Loire, na França, é uma região conhecida pelos castelos e pelo vinho. A cidade de Chartres, por sua vez, é caminho dos que saem de Paris para se aventurar pela região do Loire. No meio caso, é a cidade onde mora a amiga de minha mãe, que conheço desde tão pequena a ponto de chamar de tia Loli. Mas mesmo sem uma tia Loli por lá, vale a pena uma passadinha na charmosa urbe.
 
Parque do Museu de Belas Artes
O principal ponto turístico de Chartres é a catedral. Obra-prima da arquitetura gótica, a construção é considerada uma das mais belas catedrais do mundo. E os vitrais são mesmo de hipnotizar! Outro dado interessante é o fato de a obra poder ser vista de longe, então não tem como errar a entrada da cidade: viu a catedral, está no caminho certo! Como visitei Chartres no 14 de julho, dia da Bastilha, pude assistir a um belo espetáculo de fogos, perto da catedral, o que foi uma experiência realmente inesquecível.  
 
Maison do Salmão
 Mas um dia de passeio pelo lugar não precisa se resumir à igreja. A cidade é um charme! No centro antigo destaque de para os museu de belas artes, que conta com uma bela vista, e o museu dos vitrais. Além do Maison do salmão. Mas bonito mesmo é dar uma passadinha nos arredores da cidade, onde se localiza a Maison Picassiette. A casa e o jardim de mosaico foram obra de um homem, entre os anos de 1938 e 1964, que construiu tudo a partir do lixo. É uma coisa impressionante, o problema é que não permitem fotos e tiramos uma escondida. Dá pena não poder registrar tanta beleza vista por ali.
Le Parvis

Maison Picassiette
Para comer a cidade tem muitas opções. Confesso que fiquei tentada a entrar em toda creperia que via nas ruelas, mas como fomos comer tarde, terminamos parando no restaurante de um hotel. Quanta sorte! A pousada estava no circuito do charme e o restaurante era uma fofura, chamado Le Parvis.

No final, não conheci a região do Vale do Loire, mas adorei meu passeio por Chartres, que me pareceu charmosa, simpática e tranqüila. Além de ter se revelado bem mais do que a bela catedral.    

domingo, 24 de outubro de 2010

Sampa querida

Por: Natália Dornelas

Avenida Paulista
Vista do MASP
Existem lugares que lembram pessoas e São Paulo me lembra meu pai. Ele sempre viajou muito à cidade e todas às vezes afirmava: “paulista é o matuto antenado” e eu ria do tom engraçado de falar as coisas que era peculiar só dele. Agora, toda vez que vou à cidade, meu coração fica apertado pela lembrança dessa pessoa essencial em minha vida. Lembranças especiais à parte, São Paulo é uma cidade maravilhosa, mas que você tem que saber vivenciá-la, caso contrário, é só estresse. Muito trânsito, muita gente, nada de praia, a capital é o centro econômico do Brasil e, para quem almeja ganhar muito dinheiro, não há lugar melhor. Quando vou a São Paulo, tenho que passear pela Avenida Paulista. Acho o que há de melhor. É bastante imponente e me sinto em Nova Iorque, mesmo sem nunca ter ido (eita que pernambucana matuta!! :). Tem de tudo: restaurantes, lojas, livrarias, museus. É um ponto turístico que não cansa a minha beleza.

Entretanto, o que mais me encanta na cidade é o acervo cultural a dispor do público. A quantidade de museus e exposições (muitas são gratuitas) deixa o turista em uma dúvida cruel. Eu, particularmente, sou apaixonada pelo Museu da Língua Portuguesa (fica na Estação da Luz, para chegar de metrô é bem fácil – linha azul, e o nome da estação é Luz). Fui quatro vezes ao local e nunca enjôo. Tem uma exposição permanente, com a história da língua portuguesa (tudo bem interativo, o que agrada bastante as crianças). Tem um vídeo, com trechos de grandes nomes da literatura brasileira e a exposição temporária, que sempre é algo muito interessante. Eu vi uma que eram os principais erros gramaticais dos brasileiros e morri de rir, ao ver os muitos erros que também cometia. A Pinacoteca (que é ao lado do Museu da Língua Portuguesa) e o MASP também são muito conhecidos, mas é para aqueles que gostam mais da arte, digamos assim, conservadora (quadros, esculturas). O MASP sempre tem exposições temporárias legais.

Bienal - Os mestres e as
criaturas novas
Bienal - Longe daqui,
aqui mesmo
Entretanto, o que você não pode perder, se for a São Paulo até o dia 12 de dezembro, é a 29ª bienal, a qual possui entrada gratuita. Radicada no parque Ibirapuera (ótimo local para passeio, é a “praia” dos paulistas), agrada a “gregos e troianos”, com diversos tipos de arte. Vídeos, quadros, esculturas, intervenções, a Bienal é bastante interativa e requer mais de um dia de visita, tendo em vista a sua riqueza e amplitude. As minhas obras preferidas (das que consegui ver, pois só fui um dia) foram: Longe daqui, aqui mesmo, de Marilá Dardot & Fábio Moraes; Os mestres e as criaturas novas, de Yonamine (uma intervenção, feita com jornais); e a polêmica obra de Gil Vicente, com seus autorretratos matando diversas personalidades da política brasileira. Tem muito mais para ver, porém é preciso ir com calma e tempo.
Gil Vicente
São Paulo também é tradicional por seus musicais e peças de teatro. São várias opções, para todos os gostos e idades e em todos os dias da semana. Basta você procurar a programação (no aeroporto eles dão!) e se deliciar. O último que vi, não achei tão legal. Foi o musical Cat’s, no Teatro Abril. De fato, é um espetáculo, mas desencanta pela falta de enredo. Eu quase dormi!! Mas têm várias outras opções, é só ver o que lhe agrada mais.

Memorial
Uma ótima opção para conhecer São Paulo é através do Turismetrô, uma parceria entre a São Paulo Turismo e o Metrô. Com guias bastante competentes, você pode fazer tours pela cidade, pagando apenas pelos bilhetes de metrô. Tem vários circuitos (Sé, Paulista, Teatro Municipal, Luz e Memorial da América Latina). Eu fiz o do Memorial da América Latina, muito bom! Para saber mais informações sobre como fazer esse turismo, é só acessar: http://www.metro.sp.gov.br/cultura/ turismetro/turismetro.asp. Vale à pena e poucas pessoas conhecem.
Famiglia Mancini

Mercadão
A cidade também é o maior pólo gastronômico do Brasil, impossível manter o regime. Tem padaria 24 horas (Galeria dos pães), hamburguerias que servem você em 10 minutos (Milk & Mellow), restaurante para todos os paladares e sabores. Eu adoro comer no Mercado Municipal (o famoso Mercadão, que fica próximo a 25 de março), no qual não se pode deixar de provar os clássicos sanduíche de mortadela e o pastel de bacalhau, sem dúvidas, de dar água na boca. A última vez que fui a Sampa tive oportunidade de conhecer um de seus restaurantes mais tradicionais, a Famiglia Mancini. É uma cantina italiana típica e as massas, junto com a inesquecível mesa de frios, deixam qualquer um maravilhado.

A cidade também é um ótimo lugar para compras. Eu sou “sacoleira”, não tenho vergonha de admitir. Adoro ir à Rua 25 de março (Estação de metrô São Bento) e comprar de tudo: brincos e anéis de prata, bolsas, lingerie, colares, relógios, etc. Já comprei até máquina fotográfica (até hoje funciona perfeitamente) e pendrive (nunca comprem!! Vieram com problemas, me senti totalmente lesada!! Kkkkk!! Vejam quanto direito!! :). Também adoro a José Paulino (estação de metrô Luz) para comprar roupas, bolsas e cintos, e o Brás (estação de metrô Brás), para comprar roupas. E para quem gosta de coisas de “melhor qualidade”, São Paulo também é o lugar. Tem a Espaço Fashion (você fica louca com os vestidos de lá) e a shoestock (loja de sapatos e bolsas para todos os gostos) e mais opções que ainda desconheço.

São Paulo tem ainda, os melhores bares, baladas (já fui para algumas muito legais) e shows (teve banda internacional no Brasil, tem que passar por Sampa). O “agito” de São Paulo faz qualquer cidade brasileira parecer um marasmo. Tudo que você quer, pode encontrar em Sampa. Quer dizer, quase tudo, pois a cidade deixa a desejar em tranqüilidade, talvez pela falta de uma boa praia para tomar uma cerveja bem gelada. É preciso saber o que se quer ao viajar. Não se pode ir a São Paulo achando que vai ver muita beleza natural e pontos turísticos. Se você quer isso, é melhor ir ao Rio de Janeiro. Sampa é cultura, é comer bem, é ir às melhores festas e ver o quanto o Brasil pode ser cosmopolita. E se quiserem evitar engarrafamento, não se esqueçam: andem de metrô!

sábado, 16 de outubro de 2010

Start with you

 Por: Natália Dornelas

Morumbi  - Bon Jovi

Bon Jovi
Só sabe o valor de uma amizade verdadeira aquele que o tem. Começo esse texto com essa frase que pode muito bem definir esse meu ano de 2010. Quando se passa por uma grande dificuldade, faz-se uma filtragem das pessoas que verdadeiramente são importantes e que merecem o seu esforço.

SWU
Eu tenho muito orgulho de minhas amizades e, sem dúvidas, em vários momentos foram elas que mantiveram o meu sorriso, mesmo que amarelado. E nada mais contundente do que curtir não apenas os momentos pedregosos, mas também as boas farras que a vida nos proporciona. E esse mês realmente não deixou a desejar. O show de Bon Jovi foi uma real lembrança da nossa adolescência, com aquele homem lindo tocando living on a prayer e always e também novos sucessos como superman tonight. Acabamos ficando na arquibancada laranja (a mais barata de todas!!!), mas foi jóia, exceto pela necessidade de um binóculo. 

SWU
Entretanto, o ponto alto do feriado ficou para o SWU, sem dúvidas, um momento histórico para aqueles que foram. Fomos no dia de Dave Matthews Band, Joss Stone e Kings of Leon. A organização do evento, a meu ver, foi muito boa. Tudo ecologicamente sustentável. O lixo reciclável, a roda gigante movida a “pedaladas de bicicleta” e muito mais. Nada de dificuldades para comprar bebidas, muito bom! O problema foi o engarrafamento na hora da saída (três horas quase), algo que precisa ser repensado de alguma forma, caso haja outras edições. Dave Matthews Band tem um show perfeito! Cada componente é uma banda sozinho, eles realmente “se garantem”. Joss Stone é linda e tem uma voz mais bonita ainda e Kings of Leon é bonzinho, mas como disse um jornalista, o público só queria mesmo ouvir “use somebody”.
SWU
SWU
Mas quem marcou mesmo esse festival foi a banda Rage Against The Machine. Polêmica como sempre, levantou a bandeira do MST, cantou o hino do comunismo e disse que a pista premium era um verdadeiro “apartheid social”, o que fez com que muitas pessoas pulassem da pista comum para a premium, causando muita confusão. Acho que assim é muito fácil ser comunista, andando de primeira classe e ganhando milhões em venda de discos e com shows, mas tudo bem. Polêmicas à parte, a verdade é que estar com as amigas não tem preço. Com o tempo você entende que não há nada mais permanente do que uma amizade verdadeira. Eita que hoje estou melancólica, acho que é a vontade de gritar para o mundo o quanto amo minhas amigas e como é bom estar com elas. :)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Mais do que o frio

Por Eliza Brito

Capivari


Baden Baden
A amiga chilena da minha querida maguinha definiu Campos do Jordão como o local onde os brasileiros vão para usar suas roupas de frio. E na cidade realmente faz frio! Em plena primavera pegamos menos de oito graus. Mas, além do clima europeu, não faltam atrativos turísticos em Campos.


Estação Montanhês
Boulevard Geneve

O centro de lazer conhecido como Vila do Capivari reúne muitos restaurantes, bares e centros de compras. Como eu e minhas amigas recifenses fomos despreparadas para o clima “ameno” da cidade, percorremos várias lojinhas de sapatos e todas saíram com uma bota nova e com vontade de comprar o estoque inteiro do lugar. Mas a parte mais legal do passeio foi a dedicada a gastronomia.
 

Nosso almoço foi na cervejaria Baden Baden e tudo estava muito saboroso. Não gosto de cerveja, mas tomei o meu chop escuro com muito prazer e depois seguimos para os chocolates. Na loja Estação Montanhês Duda fez melhor pedido, o fondue com frutas. Eu fiquei nos chocolates finos e no expresso. Tudo tão engordativo quanto delicioso. Depois caminhamos pela cidade e bebemos alguns vinhos, até porque o ambiente pede a bebida. E entre os edifícios visitados, destaque para o Boulevard Geneve, símbolo arquitetônico de Campos.
  
Morro do Elefante

Museu Felícia Leiner

No segundo dia fomos de carro para o Morro do Elefante. A mais de mil metros acima do nível do mar, o mirante proporciona uma linda vista da cidade. Mas bonito mesmo é o anfiteatro, palco do Festival de Inverno, que abriga o museu Felícia Leiner, com esculturas da premiada artista plástica polonesa. A vista e a natureza estonteante são de embriagar qualquer um e a visita deixa aquele gostinho de quero mais que todo lugar agradável proporciona.
Para os brasileiros, Campos é bem mais do que um local para colocar roupa de frio.   

Serviço:
Estação Montanhês: Praça São Benedito, 05, Campos do Jordão – SP
Fone: (12) 3663.2631 / Baden Baden: Rua Djalma Forgaz, 93, Vila do Capivari, Campos do Jordão - SP. Fone: (12) 3663.3610

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Pelos ares da Toscana

Por Eliza Brito
Fotos: Artur Brito e Eliza Brito 


Praça Duomo


Torre inclinada de Pisa

Ainda na região da Toscana, visitei Pisa e Lucca. Enquanto nas cidades espanholas, a Plaza Mayor é normalmente a principal praça de cada cidade, onde se localiza a catedral, na Itália o visitante deve procurar a praça Duomo, pelo mesmo motivo. E em Pisa, o passeio pela praça principal é obrigatório!
A torre inclinada começou a ser construída no século XII e fica atrás da catedral. Ela é, na verdade, o campanário de Pisa. Em frente às duas obras fica o batistério. Todas as construções são belas e atraentes. Mas todo turista quer mesmo é tirar a foto segurando a torre. Eu recomendo passear pelas ruas de Pisa, entrar nas lojinhas, uma Benetton não faz mal a ninguém, e depois visitar a praça do duomo com calma para apreciar cada atração turística. Como o dia na primavera é longo, escurece depois das 21h, ainda tivemos tempo de conhecer a cidade de Lucca, que fica a 20 minutos de trem de Pisa.

Lucca

Muralha de Lucca

Lucca é fofinha, possui ainda vestígios de um anfiteatro e é cercada por uma muralha. É daquelas cidades que você sente que está de verdade no país, pois não há praticamente turistas e o passeio pode ser feito despretensiosamente. Sem falar que os ares da Toscana são irresistíveis. Quem não foi precisa provar. Eu recomendo!    

domingo, 3 de outubro de 2010

Promoção: feirão gol

Por: Natália Dornelas

Para quem se anima com promoções e adora viajar, vale à pena dar uma conferida no último feirão GOL do ano. Tem muita passagem barata, mas é bom correr, pois já está se esgotando e é só esse fim de semana. Eu já vou garantir a minha, se eu fosse você, não ficaria aí parado. http://www.voegol.com.br/

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Melhor do que novela

Por Eliza Brito
Fotos: Eliza, Artur e Carolina
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Campanário
Tudo agora me faz lembrar a Itália. De uns anos pra cá, depois que comecei a trabalhar em televisão, passei a ser uma pessoa menos preconceituosa. Antes achava novela um saco, programa de auditório um saco, programa de humor um saco, enfim, quem era um saco era eu, né? Vamos combinar! Agora não perco um capítulo de Passione. Como se não bastasse, estou lendo o livro Comer, Rezar, Amar, que prometo depois comentar por aqui. E esses dois passatempos remetem a todo instante ao país de Michelangelo. Assim que não podia deixar de comentar minhas impressões do lugar por aqui.

Vista da cidade
A cidade que mais gostei na Itália foi Florença. Caminhar pelas ruas do local é respirar arte. E nada como ares assim! Entre os pontos turísticos que visitei, me pareceu imperdível a Catedral e o Campanário de Giotto. Subindo o Campanário é possível desfrutar de uma vista maravilhosa da cidade, que de lá, se mostra ainda mais bela. As duas construções remontam aos séculos XIV e XIII, respectivamente, e são de uma beleza paralisadora.
Batistério
Em frente às obras encontra-se o Batistério, que remonta, provavelmente, ao século V. Foi durante muito tempo, a catedral da cidade e vale uma visita atenciosa, principalmente à porta do paraíso, que representa histórias do antigo testamento.
Fonte de Netuno

A praça da senhora é a mais bela de Florença, na minha opinião. Além de estar localizado nela o Palácio Velho, que vale uma visita, possui estátuas imponentes como a Fonte de Netuno, de Bartolomeo Ammannati. Passei horas naquele lugar, que foi um dos mais agradáveis passeios que fiz pela Itália.

Ponte Velha
Para quem gosta de museu, indico reservar uma tarde inteira para o Uffizi, onde se encontra uma das coleções de arte mais importantes do mundo, sem contar que fica dentro de um palácio do século XVI. Por lá se encontram obras de nomes como Botticelli e Rafael.
E se você procura por um passeio agradável, minha dica é a Ponte Velha, que liga as duas partes da cidade e é uma das construções mais antigas do lugar. É para se despedir de Florença contando as horas para voltar.